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Estresse

  • keite Marchiori
  • 12 de set. de 2024
  • 4 min de leitura

Atualizado: 2 de out. de 2024


Homem estressado no trabalho

Como você tem se sentido nesses dias e semanas? Se você tem se sentido cansado, hiperativo, triste, deprimido, sem energia, sempre prestes a chorar, esquecendo-se mais das coisas, aborrecido, facilmente irritável, com dor de cabeça, enxaqueca, dor no estômago, tensão nos músculos, dificuldade em respirar, resfriados e gripes constantes, problemas de pele, pressão alta, querendo fugir de tudo, sem apetite, comendo demais, dormindo demais, com insônia, palpitações cardíacas, impotência, bebendo demais, fumando demais, usando muitas drogas, falando muito rápido, tendo muitos pesadelos; você pode estar estressado.


Na verdade, a maioria de nós está estressado e todos nós nos estressamos muitas vezes em nosso dia a dia. De acordo com a organização mundial de saúde, o estresse é a epidemia do século, sendo responsável por 90% das consultas médicas atualmente. E como é sabido por todos, os grandes avanços na informática e automação, não diminuíram nossas horas trabalhadas para nos dedicarmos a nós mesmos, pelo contrário as exigências são cada vez maiores na vida e na rotina do homem moderno e isso só faz nos desconectarmos cada vez mais de nossa essência.


Então, o que é o estresse?

O estresse nada mais é que um processo que ocorre quando enfrentamos algum perigo, desafio, ou diante de uma situação que nos deixa muito empolgados, como uma notícia muito boa ou algo que esperamos com ansiedade. É uma resposta automática do nosso corpo com origem evolutiva. Desta forma o estresse tem seu lado positivo e a sua importância em nossa sobrevivência. Um estímulo nos coloca em estado de alerta desencadeando a resposta de estresse, que se dá a partir da produção de uma série de reações físicas, psicológicas, mentais e hormonais.


O fato de lidarmos com situações desafiadoras o tempo todo e até mesmo de forma repetida, pode nos colocar em estado de estresse constante gerando nosso adoecimento. Existem duas fontes de estresse, a fonte interna e a fonte externa. A autocobrança excessiva, os problemas pessoais, sejam eles familiares ou de cunho afetivo, são exemplos de fontes internas de estresse. A violência urbana, a insegurança, o desemprego, carga horária extensa, excesso de tarefas, perda de funcionalidade, competitividade no trabalho, urgência em respostas, grandes exigências, prazos apertados, são exemplos de fontes externas de estresse.


Estresse no trânsito

Apesar do estresse sempre ter existido, o que muda ao longo do tempo são os fatores capazes de gerá-lo, por isso é que as estratégias de enfrentamento e adaptação em casos de estresse devem mudar e se atualizar de acordo com cada época. É muito importante saber como manejá-lo adequadamente. Para manejá-lo precisamos compreender que o estresse é um processo e que ocorre em quatro fases.


As quatro fases de estresse

A primeira fase é conhecida como fase de alerta. Nesta fase o estresse se inicia de forma benéfica e saudável em nosso corpo. Com o surgimento de uma situação desafiadora, ameaçadora ou empolgante, produzimos a substância química adrenalina, que nos prepara para o enfrentamento da situação, gerando uma desestabilização em nosso organismo com gastos físicos e emocionais. Essa quebra no equilíbrio do organismo se manifesta com hiperatividade, respiração acelerada, insônia, taquicardia, tensão muscular, aumento da libido, sudorese, diarreia passageira. Se a situação persistir por mais tempo e não conseguirmos nos adaptar a ela, vamos para a segunda fase do estresse.


A segunda fase do estresse é conhecida como resistência, nosso corpo mantêm os recursos ativos para resistir, lidar com a situação e se recuperar do desgaste sofrido. Nesta fase, os sintomas característicos observados são cansaço, problemas com a memória, queda na libido e dificuldades de concentração. Mas se não nos adaptamos à situação estressante e se esta persiste e o nosso corpo não recupera seu equilíbrio, e passamos para a terceira fase do estresse, quase exaustão.


Na fase de quase exaustão, nosso organismo não se recuperou do desgaste sofrido para enfrentar a situação estressante, e esta ainda persiste. Desta forma, nosso corpo começa um processo de adoecimento, mas a pessoa ainda consegue ser produtiva, consegue trabalhar e estudar. Os sintomas característicos dessa fase são mais acentuados e intensos como hiperatividade, respiração acelerada, insônia, taquicardia, tensão muscular, aumento da libido, sudorese, diarreia; assim como o aparecimento de doenças físicas e transtornos psicológicos para os quais a pessoa tenha predisposição.

E novamente, se o estressor é mantido e a pessoa não consegue lidar com ele e se recuperar do desgaste sofrido, avançamos mais uma etapa, a fase de exaustão. Nesta fase, é exigido do organismo um gasto de energia maior do que ele pode suportar, nossa mente e corpo ficam sobrecarregados ocorrendo vários prejuízos a nossa saúde. Os sintomas característicos dessa fase são cansaço extremo, dificuldade de trabalhar e de estudar, ansiedade diária, mau humor, vontade de sumir, pesadelos frequentes, estabelecimento de doenças físicas e transtornos psicológicos para quais haja predisposição.


Precisamos avaliar de maneira funcional cada situação que se apresenta para se ter o controle do estresse. O estresse é biológico e necessário para nossa sobrevivência, no entanto ele pode ocorrer muitas vezes quando o perigo não é real, ou tão grande quanto avaliamos. Podemos aprender a lidar com o estresse desenvolvendo estratégias de enfrentamento. Podemos avaliar as interpretações que fazemos diante das muitas situações em nossas vidas. A avaliação que fazemos sobre determinadas situações influencia diretamente na forma como nos sentimos e nos comportamos, sendo assim, as interpretações que fazemos contribuem para que sejamos mais vulneráveis ou mais resistentes frente à uma situação desafiadora.


Como a psicoterapia pode ajudar?

Homem meditando em seu quarto

A psicoterapia pode te auxiliar a desenvolver estratégias e uma interpretação diferente dos eventos estressores de forma mais saudável, produtiva e eficaz. Pode te auxiliar a encontrar a fonte de seu estresse e estimular a aprendizagem deste manejo com diversas técnicas de relaxamento, respiração, mindfulness, meditação, auto hipnose e outras mais, que se adequem melhor a sua situação.


Como o estresse se configura em uma condição muito comum atualmente, relacionado ao nosso estilo de vida moderno; acelerado, com excesso de informações, de expectativas e exigências sem fim; precisamos valorizar as estratégias de manejo, a boa alimentação, os exercícios físicos e principalmente a psicoterapia.


Venha aprender a ter uma vida mais leve, repleta de significado e saúde!




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